Capítulo 5 - O destino de cada um

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O sol se encontrava no seu repouso mais alto quando Severus e Lílian conversavam sobre Hogwarts. Aulas, feitiços, lendas, criaturas mágicas; entre uma degustação e outra dos doces que sempre eram levados de cabine em cabine. Lá fora, a linda imagem do campo, o sol que brilhava dentro da cabine: deixava o dia cada vez mais lindo. ­­­­­Dentro, muita conversa confundida com o barulho dos trilhos do trem.

— Espero cair na Grifinória! — Disse Lílian, orgulhosa de si mesmo.

— Para quê? — Snape terminou com o doce e continuou — Eu espero cair casa na Sons...

Foi interrompido pelo barulho vindo do corredor. Passos rápidos e pesados eram ouvidos: James Potter e Sirius Black passaram correndo em frente da cabine, fazendo bagunça. A conversa continuou, até que o trem parou. Já era de noite, e saindo do trem, lamparinas acessas estavam à espera dos alunos.
Os alunos que ali estavam pela primeira vez, ficaram de queixo caído durante toda a viagem de barco, até o castelo. Do lado de fora, era possível ver as velas flutuantes entre as janelas, a torre de astronomia e o salgueiro lutador.
Ao entrarem no castelo, todas as bagagens foram encontradas perto da escada, que, no topo dela, encontrava-se um professor, disposto à contar sobre as casas e como seria resolvido o destino de cada aluno.
— Olá, bem-vindos à Hogwarts! Devido a toda essa viagem, vocês devem estar com fome e bem cansados, então serei breve. Ao entrarem pro aquela porta, — indicou de qual porta se tratava — antes de mais nada, vamos usar o Chapéu Seletor para ver em qual casa cada um de vocês pertencerá. Aqui em Hogwarts temos quatro casas: Grifinória, — Lílian esboçou um leve sorriso para Severo — Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina — Severo retrucou. Pois bem, sigam-me!
Aquela imensa porta foi-se abrindo aos poucos, fazendo com que o diretor, os professores e os alunos, respectivamente, estivessem ao alcance dos olhos. Foram caminhando em direção do outro lado da sala, onde era possível ver um chapéu em cima de um banquinho.
— Vou chamar os seus nomes, um por vez. Peço silêncio — todos ficaram atentos.
O pergaminho foi desenrolado, eis que começaram as seleções. O primeiro a chamar foi...
— James Potter! James Potter! — Num pulo, Potter apareceu lá na frente.
— Esse era um daqueles garotos que estavam fazendo bagunça no trem — disse Severo para Lílian, cochichando.
O Chapéu Seletor começou murmurando, até que:
— Nem uma palavra mais à ser dita, a minha justificativa será os seus atos que trará muita alegria para você e seus companheiros de casa, Grifinória! — Todos os alunos Grifinória levantaram os seus assentos para cumprimentar o novo companheiro de casa.
A seleção continuou, alternando entre todas as casas. Lílian estava mais ansiosa do que nunca e Severo, só esperava poder cair na mesma casa que a sua amiga, quase irmã.
— Lílian Evans! — Arregalou os olhos e foi caminhando, devagar, até o chapéu.
Mal acabaram de colocar o chapéu sobre sua cabeça e o chapéu já disse:
— Grifinória!
Snape lamentou, quieto, e só observou Lílian caminhando até a mesa da sua nova casa.
— Prazer, James Potter!
— Prazer, Lílian Evans — respondeu, de certa forma, preocupada com o rumo que Snape tomaria. De longe, ele observava a breve conversa entre James e Lílian.
Quando faltavam apenas cinco alunos, Snape foi chamado. E, por fim, entrou na Sonserina. Difícil explicar o que cada um sentia naquele momento: feliz por ter caído em casas desejadas, mas, ao mesmo tempo, triste por não pode compartilhar essa alegria com o amigo. Lílian sabia que os sonserinos não eram amigos de todo mundo, e tinha medo que isso acontecesse com Severo.
Após o banquete, todos os alunos foram mandados para os salões de suas respectivas casas. Enquanto saíam do salão, Lílian queria desejar boa noite à Severo, mas não o encontrou. Quando já chegava na porta, viu o amigo de longe, cabisbaixo, tristonho.
Severo encontrou Lílian, lançou um sorriso para a amiga, A garota respondeu com um sorriso que ele tanto gostava. Um sorriso de boa noite, de adeus, não se sabe.


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