Aparata! Entre nesse Mundo – Largo Grimmauld, nº 12
“Uma porta escalavrada se materializou entre os números onze e treze, e a ela se seguiram paredes sujas e janelas opacas de fuligem. Era como se uma casa extra tivesse se inflado, empurrando as suas vizinhas para os lados. Harry boquiabriu-se. A música no número onze continuava tocando com força. Aparentemente, os trouxas que estavam ali dentro não haviam percebido nada.”
O Largo Gimmauld, número 12 foi a casa dos Black. Trata-se de uma construção grande e antiga, com vários itens pitorescos numa rua trouxa de Londres. O último residente Black, Sirius, a ofereceu a Alvo Dumbledore para que ela fosse útil à Ordem da Fênix.
Dumbledore colocou o Feitiço Fidelius no qual ele próprio foi o guardião do segredo; ou seja, só saberia a localização exata da casa quem Dumbledore contasse pessoalmente. Foi a sede da Ordem por algum tempo, até a morte de Sirius e do próprio Dumbledore, então a sede passa a ser n’A Toca.
Depois da morte de Sirius, Harry herda tudo de Sirius, incluindo a casa e seu elfo doméstico, Monstro.
Era uma terça-feira comum em Londres, o céu estava nublado com uma chuva fraca, as pessoas correndo apressadas para o trabalho e eu passeando pela rua, aproveitando a folga do trabalho.
Acendi um charuto e sentei num banco na praça do Largo Grimmauld, como faço às vezes. Foi então que uma casa me chamou a atenção. Era velha e mal-cuidada, mas mesmo assim me atraiu o olhar. Decidi ver mais de perto.
Subi os degraus de pedra gastos, olhando fixamente para a porta. Era uma porta inteiramente preta, mas a tinta estava desbotada e cheia de arranhões. A maçaneta de prata tinha a forma de uma serpente enroscada. Não havia buraco de fechadura nem caixa de correio. A casa estava entreaberta.
Dei uma batida na porta. Ouvi uma sucessão de ruídos metálicos que lembravam correntes retinindo. Ela se abriu rangendo. Estava tudo escuro lá dentro, puxei minha varinha só por precaução.
Cruzei a soleira da porta e mergulhei na escuridão quase absoluta do hall. Os únicos sons que eu ouvia eram os passos apressados das pessoas e a buzina dos carros do lado de fora e a única luz vinha do meu charuto, que agora havia acabado de se apagar.
O cheiro era um cheiro adocicado de decomposição, poeira e umidade; o local dava a impressão de ser um prédio condenado. Cada passo que eu fazia parecia me dava a impressão cada vez maior de que o chão poderia desabar a qualquer momento.
Ouvi gritos no final da sala, parecia uma mulher que resmungava sem interrupção, não dava para ouvir o que ela falava. Após mais um passo, de repente começou um assovio suave e em seguida candeeiros antiquados, à gas, ganharam vida, e nas paredes, quadros tortos e escurecidos pelo tempo. O lustre, agora aceso, lançava uma luz tênue sobre o tapete puído de um corredor longo e sombrio.
Não havia mais coragem em mim mesmo, aquela voz esganiçada estava me sufocando por dentro, tive que sair da casa. A luz e o som dos carros e das pessoas me aliviaram e voltei com passos apressados para casa.
Semanas depois resolvi voltar para a casa, agora com toda a minha coragem reunida, mas quando voltei, a casa havia desaparecido.
Noss meu, adorei a história xD
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