Crítica: A mulher de preto é um suspense inglês, nada mais a declarar.

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Quando "The Woman in Black" entrou em divulgação, a grande maioria dos críticos se perguntava se Daniel Radcliffe seria capaz de salvar o filme, pois eis a resposta a tal duvida: Radcliffe salva um filme de suspense gótico, com uma historia criativa e ótimos efeitos visuais, porém não altera o fato de que "A mulher de preto" não chega perto de ser "o" melhor suspense, tão pouco o filme do ano. 

Particularmente, eu odeio historias de suspense e terror - não só pelo medo e susto - elas geralmente não tem "nexo" e o protagonista é sempre burro de mais pra se engolir. No filme dirigido por James Watkins, não é diferente, a historia é extremamente criativa e o suspense completamente britânico - culpa da Hammer Films, claro! - porém o filme é melancólico, daqueles que se as pessoas atrás de você calassem a boca durante a sessão você poderia facilmente chorar com a triste historia de cada um dos personagens. 

Para o publico o maior erro é entrar na sala esperando "temer" a tal mulher titulo do filme, eu pararia para tomar um chá com ela, embora ela não seja tão atraente assim, o fantasma se mostra muito mais inteligente que o protagonista, de tal modo que se você for gótico é capaz de torcer pra ela. De resto, não se diferencia em nada de um filme de suspense comum, há sempre alguém que precisa encontrar algo numa cidade do interior e vai atrás disso na mais livre das intenções, acha um fantasma e não sossega até tirar a "maldição" da casa. Nesse filme o alguém se chama "Arthur Kipps"  e não poderia ser melhor interpretado por Radcliffe, ele fez o que pode e fez bem. 

O que estraga o filme é muito divulgação concentrada mais em Daniel Radcliffe do que na própria historia que convenhamos, se eu fosse a "Samara" exigiria meus direitos autorais cinematográficos. Outro fator irritante, é o problema de "plateia" pois Daniel tentou, se esforçou e quase conseguiu deixar Harry Potter pra trás, quem o puxou de volta foi seu próprio publico que exige novos filmes mas insiste em lhe chamar de Harry e colocar a saudade em primeiro plano. É fato de que não importa quantos papeis ele faça, melhores ou não, ele sempre será o menino que sobreviveu, porém é completamente impossível se livrar de uma imagem se o publico não permite.

"The Woman in Black" veio pra fazer bilheteria, não pra marcar historia, daqui a alguns anos poucos vão temer a mulher de preto como temem o espirito de "Atividade Paranormal"  e nada melhor para finalizar do que a insistente frase que praticamente se tornou o subtitulo do longa "O primeiro filme de Daniel Radcliffe depois de Harry Potter" apenas isso. 


Opinião de Mama Vilella


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